Há algumas pessoas que se
destacam para nós na multidão. E
não há argumento capaz de nos fazer entender exatamente como isso acontece. (...) Não importa quando as encontramos no nosso caminho. Seja lá em que momento for,
parece que estão na nossa vida desde sempre e que, de alguma forma, mesmo depois dela permanecerão conosco. É tão bonito
compartilhar a jornada com elas que nos surpreende lembrar de que
houve um tempo em que ainda não estavam ao nosso lado. É até possível que tenhamos sentido
saudade antes de (re)encontrá-las, pois
estão tão confortáveis em nosso coração que a sua ausência, de alguma forma, deve ter se mostrado presente. E o que sentimos por elas
vibra além dos papéis, das afinidades, da roupa de gente que usam.
Transcende a forma. Remete à essência. Toca o que a gente não vê. O que não passa. O que é. Por elas nos sentimos capazes das belezas mais inéditas.
Se estão felizes, é como se a festa fosse nossa. Se estão em perigo, a luta é nossa também. E não há
interesse algum que nos mova em direção a elas, senão a própria
fluência do sentimento.
Sabemos quem são e elas sabem quem somos e ficamos muito à vontade por
não haver enganos nem ilusões entre nós. Ao menos, não muitos. Somos
aceitos, queridos, bem-vindos, quando o tempo é de
sol e quando o tempo é de
chuva. Na expressão das nossas
virtudes e na revelação das nossas
limitações. E é com esses encontros que a gente se exercita mais gostoso no longo aprendizado do amor...
(Ana Claudia Saldanha Jácomo) -
Texto inteiro
Eu amo! ♥
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