"Ele tem olhos de
afeto, castanhos, claros e calorosos, às vezes coloridos. Os olhos familiares, que me rasgam, que escandalizam, que me desmancham, que são toda a paz e o caos...
Ele tem dedos que
quando transpassam os meus colocam rodinha em meus pés, eu deslizo sem
sentir o chão, agarrada às nuvens. Ele tem mãos que quando se encostam a
mim tornam tudo sutil, doce, feliz e, por Deus, tão certo.
Ele poderia ter um lado playboy, mas eu o vejo descalço e em
cores, com um brilho mais bonito que raios de sol no entardecer da
primavera no dia do meu aniversário. Ele tem esse quê, que eu não sei,
mas que provavelmente já foi escrito e está em algum rabisco jogado na
gaveta ou talvez em uma melodia já ouvida antes. Sempre esteve ali.
Ele tem um olhar perdido de quem se defende como quem
acredita ser, e nisso revela quem realmente é. Ele esconde o rosto em
meu pescoço e de repente o homem mais independente do mundo está
entregue à garota que faz poema até com seus pontinhos na testa. E é
apenas por isso que, contraditoriamente, sinto-me livre, selvagem e
primitiva. Inteira. E é apenas por isso que sei, que entre tantos
corpos, e bocas, e jeitos, e almas, o que parece poeticamente
desesperador, mesmo sem saber, seus olhos se voltaram só para
mim...
Partes de um texto escrito por Marília Saveri.
E mais uma vez afirmo, estando mais apaixonada do que sempre, que te amo e te quero pra toda a vida. Mais maravilhoso do que poder sentir esse amor, é ouvir da sua boca o quanto é recíproco. Obrigada por me amar!
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